07 julho 2011

Gestando 6


ENGENHOCA DO RUBE: O MAQUINÁRIO, A LUPA E AS GALÁXIAS

No inicio, era só a pontada no fundo do bucho, querendo a vontade de berro. E o berro? É o ar, que das ventas fuligem soltou-se peso da gangorra ao plugue do ventilador.
Parafernalha que procura procurando. Pensar em mar de ondinha penteando cabelo azul?
A questão é fazer questão de toda nossa desnecessidade. Artista astutando tutano, envolvemos você - já evolvemos você, visite-se. Engenhoca de mover engenho, ensacar a fumaça, com berros de artifício em pleno ar (logo que lua ensaca andantes da rua, mistura bem pra massa homogênea e estoura). Engenhoca feita de gente e braços tecidos, mas mais! Cruzados, perdidos. Noutra alçada. Nem vi... não ligo. Caminho incerto, ramos em bifurcações marrons, verde musgo, cinza cimento. Rodas gritando vermelho ferrugem, engrenagens com parafusos a menos. Meio inter voz e letra, entre maneiras parelhas, esquisofonia ensurdecedora de cenários contraditórios, tortuosos rumos do desconhecido. O escâmbio transporte de rentes princípios.
Berro bem na cara. Que cai, sobe, aciona. Desnecessário.
            Propomos, testamos, desfilando as descobertas pernas do urbano e do orgânico. Pois bem (ou mal), a úvula treme (nas máquinas de Rube Goldberg cada peça é um cuspe).
Uma peça por vez.
Bagulho louco, processo.
Uma por vez.
Até que o dominó inteiro se acabe ao chão.
Incerteza desnexa em fluxo desfluxo. Concreto ferro miscigenado forma forno aquecedor de corpos gelo perdidos, derrete o cérebro que escorre pra goela e vomita, vomita o todo tudo junto, esporra pra cima, fazendo a gerência ativa do mole do miolo sub-aproveitado - justo ele, o caldinho! Dando norte pr'esse tempero molhado.
Pavimento, pá-virada, transtorno sem pedido de desculpas. Obstruímos calçadas para que se ocupe a rua (admira a pitada de fagulhas luz caindo sobre tapete alcatrão).
Ventam-se as velas ao mar concretado, desrumo, desleixo, desdém cidadão.
No entretanto, tudo. 
Engenhoca muito louca de fazer sentido.
           

Um comentário:

  1. http://www.youtube.com/watch?v=RouXygRcRC4

    esta é uma das máquinas... poderíamos dizer sobre Chaplin nos tempos modernos, o que nos faria parafusos, porcas, pregos ou saca rolhas. Magnetismo maluco nos faria um robozinho!

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