30 março 2015

nem tu nem newton

Era uma árvore grande, enorme de fato. Mais alta do que permitiria o equilíbrio, traria vergonha a quem chamasse sua base de "início", tão petulante a constância de sua extensão. Não ligava o céu à terra, estes que se lixassem, não ligava pra isso. Chegando-me ao tronco, manso, quietude de respeito ao improvável, olhei alto numa curva de pescoço de tantos graus, a engrenagem do corpo rangendo ecoava pelas camadas de alturas impossíveis. O máximo múltiplo comum dos olhos de alcance mais  fino, que não tenho, não sei como, por potência esquecida, vi ou antevi, um fruto entre tantos frutos, o mais maduro, um destaque, longe como uma lembrança, uma estrela, no descanso perfeito do que é vago. E num dedo meu um curto espasmo quando se estilhaçou o respeito ao infinito redondo daquela ascensão. E não adiantaram razão cultura história e tapas no ar para impedir que alçasse vôo a ave imprudente do desejo novo que à revelia escapava de mim. E como os olhos que não tenho viram, a vontade imensa, que também não possuo, fisgou, num piscar já estava lá, a distância rebaixada à ordem das coisas facultativas, o graveto vivo que prendia o fruto se rompeu. E ele caiu. Por horas, dias. Desde então o fruto que furtei a esta planta-percurso cai. Enquanto trabalho, enquanto respiro, quando descanso, e já não descanso posto que espero, em todo canto espero, cantando ao espaço perto a medida da queda infinita. Dizendo miúdo que amando o fruto caio em amar a queda, já duvido mesmo do propósito de meus tropeços. 

C. P. F. - Caio Poeta Fariseu
Alavancado de O seu nome não é Sandra.

26 março 2015

Lição de Casa 3 : Depoimento da Bianca e do Jonatan

Jonatan e eu entrevistamos uma Cristina que estava com sua filha sentada na calçada. Ela disse não ver nada no bairro que pudesse se queixar, que tudo ali é perto e acessível, tranquilo e seguro. Depois disso passamos por um bar onde dois amigos estavam sentados. Cícero e Luiz. Cícero nos contou a história da Parada Inglesa e disse que ama morar ali. A maior parte da sua família também vive na Parada. Por último entrevistamos uma senhora, Dona Judith, que disse que o bairro é um bom lugar para se viver exceto pelas quintas, sextas e finais de semana onde rolam fluxos loucos na praça em frente a casa. Ela tem medo de levar um tiro mas contou que sua amiga, que é corajosa, sai na noite de camisola para pedir que o pessoal sossegue, nunca adianta.
O que chamou minha atenção está na foto abaixo, não encontro isso na minha quebrada rs


19 março 2015

O ladrão de relógios


Rodrigo Marcelo

Ligão de casa 2 : Depoimento Rodrigo Marcelo

Boa Noite !! então...eu entrevistei um morador de rua, sei que fugiu um pouco do contexto e ele não era muito de falar ( o senhor da foto abaixo ), perguntei quantos anos ele tinha, respondeu 16 e disse que morava pela região já há dois anos, quando perguntei o que tinha de ruim no bairro ele me mostrou uma cicatriz no braço, disse que foi atropelado.
E as coisas que reparei...o fusca, o cara puxando um ronco e o cachorro.





Lição de casa 1 : Depoimento da Victória e da Bruna

Eu e a Bruna Viana, entrevistamos três rapazes (Thiago, Diego e Stavosk). Thiago vive na Vila Guilherme a 5 meses diz que quando chegou no bairro procurou conhecer e pesquisar a história do bairro, diz que não tem do que reclamar, e que a situação do lixo seria solucionada através de uma divulgação para a conscientização. Diego vive no Jardim são Paulo e diz que não conhece a história de seu bairro, e que acha que a solução para o lixo seria uma implantação de uma lei severa. Stavosk vive no carandiru e também não conhece a história de seu bairro, mas se incomoda com o excesso de lixo e o descaso com os moradores de rua, mas elogia a segurança e o lazer.

No caminho encontramos o lixo lotado de flores o que eu e a Bruna consideramos uma "arte''. Encontramos dois artistas fazendo também uma intervenção urbana Moiséis tem 12 anos mora na Vila Zilda e trabalha no farol na Avenida Nova, e o Pedro Levy tem 25 anos é ator faz malabarismo com seu grupo de circo e trabalha no farol há 4 anos.

Fizemos a imagem de um escadão próximo ao Mudança que nunca tínhamos notado mas ficou na câmera do Leandro.