14 setembro 2014

Rego Freitas 325, quarto andar

Desandar o quarto sujo.
Desatar o ziper frouxo.
Demarcar o falo público.
Depravar a renda branca.
Destratar a moça fácil.

Barba que arranha a face,
tapa que o peito depena,
vagina que unge pés e pau,
nariz penetrando ouvido,
comungam odor e pentelhos.

Minha boca no seu saco,
seu pinto na minha pia
pinga porra 
na escova, os meus dentes
são polidos com seu esperma.

Seus dedos no meu cu cavam
a cova efêmera do caralho,
aterrado nas terrenas ancas
incorre em unguentos labirintos,
prescruta o som dos meus lamurios.

Sórdido lençol manchado embrulha frio
os corpos dispersos em cantos.
Im my eyes, ursos surrados, doces mentiras
beliscam o bicos de peito.
Sua pele é furada e esvazia.

O cuspe seco ainda escorre as coxas 
cansadas nádegas repousam satisfeitas,
 meu ombro ainda carrega sua mordida.
As unhas fincadas na barriga entranharam-se
na castidade do meu útero.

Em cravou.


M.ERATO


Alavancado de Funk do Bidê.

11 setembro 2014

Samba e lua cheia

Todo poema começa com um guspe
e depois disso, no outro dia
a primavera pra onde caminha?

Pra onde andaram os patos do lago?
Para onde foram os pensamentos?
As auréolas da lua?

Psiquê, posição das estrelas, tive razão
Razão Alguma
Todo poema começa com uma incerteza

Assim existir vira algo lindo
Sem sentido, extirpado de razão
O gozo a qualquer custo

E não vá gozar com respeito!
70% das mulheres não gozam
você sabe o que é isso?

Um corpo sem reação
sobre uma cama que não dorme
quem dará o próximo beijo ?

Não..o que é isso ?
Estávamos falando do zodíaco, das tulipas
daquilo que se esconde

O segredo mais incrível do mundo
eu quero algo
mas o  jogo impede que eu revele algo sobre isso

Nada se revela então, o estudo é negação
estou negando porque ainda posso
ainda resisto

Sou o último dos amantes
Sou o último dos amores
Sou o último


Jogo da mesa

02 setembro 2014

Funk do Bidê

Eu e o chuveirinho
brincando no bidê
trocamos uns carinhos 
pensando em você      2x

Meleca na cerâmica
a nuca arrepiada
gozei prendendo o grito
pro papai não ouvir nada!

Com a ponta da minha unha
eu beliscava o escondido
descobri que o cu sua
e deixa meu esmalte lindo!

Eu e o chuveirinho
brincando no bidê
trocamos uns carinhos 
pensando em você      2x

O bico do xampu
também é meu brinquedo
parece o seu pirú
lambendo a testa do morcego!

Vou tomar meu banho
mas não tô satisfeita
com a Colgate eu me assanho
e mentolo a buceta!

Eu e o chuveirinho
brincando no bidê
trocamos uns carinhos 
pensando em você      2x

Não posso demorar
que a água tá em falta
vou ter que me virar 
com a piriquita congelada!

Sou muito apaixonada
preciso de amor
só fico tão safada
deste lado do Equador!

Eu e o chuveirinho
brincando no bidê
trocamos uns carinhos 
pensando em você      2x

A sua língua é um doce
que derrete atrás de mim,
quantas línguas você trouxe
pra adoçar o meu jardim?

Aperta meu bumbum
segura o meu cabelo
faz um ziriguidum 
com o dedo no meu grelo.

Eu e o chuveirinho
brincando no bidê
trocamos uns carinhos 
pensando em você      2x

Amassa minha cintura
que chega até machuca
murmura uma lamúria 
e teu pinto me futuca

Com a cabeça dura
por dentro tu me chuta
essa massagem crua
deixa eu meio biruta

No quarto ou no banheiro
acompanhada ou solitária
sou mulher feita de cheiro
dona de um sangue vermelho
mulher virada no Jiraya!

C. P. F. - Caio Poeta Fariseu








01 setembro 2014

As duas faces da poesia erótica.

Bom dia classe, por favor escrevam o cabeçalho.

São Paulo, 01 de setembro de 2014.

Hoje vamos falar sobre poesia, as rimas vocês já conheceram na aula passada, por isso como com certeza vocês só pensam em putaria, sexo e sacanagem, quando eu disse cabeçalho é obvio que todos pensaram em caralho, alguns com mais imaginação podem, a partir da similaridade dos sons, ter pensado em cabaço também, entre várias outras palavras de baixo calão que se parecem com essa simples palavra: cabeçalho… 

A poesia é isso: é essa incitação, essa coisa das palavras virem traduzindo nossos profundos sentimentos até emergirem e serem gozadas por nós em cima de folha de papel. Acabei de fazer uma metáfora. Se eu disser não faça metafora, meta dentro, estou trabalhando antítese… A língua é uma coisa maravilhosa! Você lambe minha buceta e ela goza. Agora trabalhamos a ambiguidade, o o duplo sentido da palavra língua… que pode ser nosso idioma, nossa linguagem ou esse orgão delicioso que a ciência ainda não definiu se tem função no sexual ou na alimentação e a relação real entre essas duas funções, se estão juntas ou separadas etc.

Enfim, vamos para o tema da aula de hoje, as duas faces da poesia erótica: Poesia chanchada e poesia trepada. Poesia chanchada é aquela coisa bonitinha, que não suja muito, não fede, curvas maravilhosas, sem peidos vaginais etc… Poesia trepada é cheiro de cu, chupar dedo do pé, meleca na cama e tudo mais. Se eu escrevo: 

 Os seios apontam para mim
 o culpado
 enquanto aperto seu corpo deitado.

Sua vagina rosa
dança na minha mão
o som da minha e da sua respiração.

Um exemplo idiota, inventei agora. Isso é poesia chanchada, seios pontudinhos, vagina rosa, o medo, a culpa, eufemismos… "dança" poderia ser substituído por esfrega, ou roça, então estaríamos mais próximos da poesia trepada.

O que? Um exemplo de poesia trepada? Sim claro… Você está certo, seria algo mais escatológico, claro… Vamos ver o que posso inventar agora...

Minha bola molhada de baba
bate,
no seu rabo suado

Enquanto entra e sai
minha pica
do país das maravilhas.

Também não foi muito bom, mas há alguma diferença entre esses dois poemas, vocês percebem? Essa é a diferença entre trepada e chanchada.

Lição de casa: Que quero que você tragam exemplos de poesia trepada e poesia chanchada, podem ser poemas autorais ou de autores consagrados.

 Obrigada turma, podem ir pra casa se masturbar. Por hoje é só.


Vocês já sabem quem!