07 julho 2011

Gestando 4

Parafernalha que procura procurando. Pensar em mar de ondinha penteando cabelo azul? Canudos na boca de dez milhões faz sertões, espremedor de culhões - regurgitação do precipitado sal do estômago miséria do emaranhado complexo de janelas banguelas. Depois de fumaçal ensacado, estoura. Admira a pitada de fagulhas luz caindo sobre tapete alcatrão, tempero da noite, sombras estrangeiras admiradoras das costas adeus, rostos míopes, desfoques, bafo quente embassador de íris fundas. Incerteza desnexa em fluxo desfluxo. Logo que lua ensaca andantes da rua, mistura bem pra massa homogênea e estoura. Concreto ferro miscigenado forma forno aquecedor de corpos gelo perdidos, derrete o cérebro que escorre pra goela e vomita, vomita o todo tudo junto, esporra pra cima, pra contar pro Newton e sujar cabeça como pombo, pequeno big-bang constante espiralar cambaleante. Tira o lenço do bolso, esfrega testa, ensaca e estoura.
 

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