07 fevereiro 2013

- Segura na minha mão!

Um dia tive 3 cabeças, as quais, dia e noite
insistiam em me convencer quem era a
melhor. Mas ela quando descia, mesmo
quando se espumava na ponta
do lábio fazia rugir a
secura de minha garganta sadia.
deixa eu te beber
não deu outra.
saquei a tampa da minha boca
eu mesmo e lhe lasquei um beijo nervoso
que tocou na boca gelada
do meu amor de cevada
um origami, um homem
nem pássaro, nem avião
nem dança
nem não
segura na minha mão
Afasta o olho largo
da volta detrás
Um avião de papel pousou na minha janela.
Adormeci em travesseiro de sonhos hostis.
sonhei com a própria vida e não acordei
ou pelo menos não pensava estar desperto,
até que vi aquela criança a gritar, choramingar
- Segura na minha mão!
E solta os meus pés. Balance a minha cabeça mais três minutos.
Escorra pelas minhas pernas e me dê mais três cigarros.
Porque cigarro, meu amigo,
está custando tão caro!
e eu respondi: "cuidado, porque, no fim de todas as coisas, é tudo tão caro!"
por enquanto, parar o soluço
                      ainda é de graça
- eu não estou soluçando
-eu estou vendo!
-eu estou escorrendo!
e estou me perdendo,
                   estou perdendo gramas
eu vou virar pó
ainda sente os dentes?
volta pra de onde
veio
volta pra de onde
veio, pó, pó e só
ainda sente?
SENTE, OU QUER QUE EU TE META ESSA BATEDEIRA!
A carne moída sente
e seu sangue em pasta
   Lua Cheia!

Coletivo engenhoca do Rube

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