07 fevereiro 2013

Se não sei que é resta o quê?


De uma janela partida
os cacos caídos
o vento e a vinda
da comunhão
quase, quase não.

À brilho dos passos
do impacto ido
a flama àqueles versos
queimados funde
horizonte um plano
casa da visão

Do corte liberto
o tecido perigo
vulgariza a si
e o sabugo de milho
é plena explicação.

Que do broto escondido
brote a pilha, a palha
o senão.

Que do amorfo mistério
reste um sem remorso sim
e ao lado do desprezo
um portão.
Por onde cai esse vidro
e este indeciso granizo flutua.
Vira um dilema indecente
a existência do chão.

C.P. F. - Caio Poeta Fariseu
Alavancado de 2. Jogo de Mesa


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