24 fevereiro 2013

Ixi!


Ixi, Vixe, Fetiche!
esse pastiche de desejos
de fuder em sanduíche
se amarrar em uma beliche
e chupar um pau de piche
coberto de haxixe
Lambuzar-se de quiche
padaria que se lixe
e cheirar pó de grafite
se esfregar em madeirite
contrair amigdalite
no veterinário.

Lamber lenha que se rache
e a racha rosa que se irrite
com o raio do Terceiro Reich

respirar o bafo iídiche
sinagogas de Recife
se pá usar quipá na pousada chique

Abdicar do direito de revide!
Vixe!

Sem que se arrisque
viver o fetiche
de manter o falo em riste
frente ao cônsul de Bangladesh

se mexe cacique! Olha o rifle!

Dizer eu não disse
pra Jés-si-ca
De onde é que veio
essa hidrelé-tri-ca?
Por que minha mão
no verão
é epilép-ti-ca...

[Te pego de tapa danada,
Me aplaca!
Minha mão pulou em ti à toa
Panela velha, inválida!
é que faz comida boa.]

Meu Sade é velho
com hálito de reprise.
Tem cheiro de cemitério
e feromônios de chiste.
As bolas vem
novas, coloridas.
Há choque e achaque.
Porém sempre os mesmos,
os pinos do boliche.

C. P. F. - Caio Poeta Fariseu


Nenhum comentário:

Postar um comentário