30 setembro 2013

Parecêmono quê vôrtemono

Parecêmono quê vôrtemono,

mono sujo
careca pelado
estilhaço de pena

mal-criado
desgraçado da cara
de ódio da ema

cabeça pequena
jogada pra trás
no pescoço moreno

(...)

sereno é o canto que se faz nas tristes cordas
caduco é o raciocínio que surge no canto da mente
gelado é o fio de vento que entrecorta a coluna
paciente é a dança que se resguarda do grande salto

contente é o mono que se conserva mono,
renitente

Zé Daniel

ALAVANCADO DE Pise

Nenhum comentário:

Postar um comentário