30 setembro 2013

Esquina Fria- a passagem da sirene.

Quarenta.
Sessenta.
Cento e vinte olhos confusos.
Se espalham pelo gigantismo das paredes.
As sirenes desesperam o caminho inteiro.
Vagabundo. Que peguem e rasguem no meio!
As sirenes abalam os cautelosos de plantão.
Mas será? Eu que não!
As sirenes atravessam os espaço às pressas
                                                            às caças.
Colorindo caçambas que amontoam entulho nas calçadas.
E na certa que cortam é o caminho.
As sirenes e sua porção diária de exceção.
Desesperando o redor de seu carro.
Por onde todos os olhos se arregalam
Um regalo de prontidão
Lembrete terror legalidade.
Ora, a regra é clara, ora.
Alumia cores no giro que desloca
Mas que linda Lua opaca!
Boiando neutra sobre o enxofre.
As sirenes passam soando o presságio
                                                    tragédia.
Mais longe do chão,
menos se nota se o alarde.
Mas todos os olhos se desviam medonhos

No vislumbre do destino dessas sirenes. 

Jurandir Dente D'ouro.
Alavancado/continuação de Esquina Fria

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