23 setembro 2013

Esquina fria.

O chão molhado reflete.
O sinal está verde e logo ficará vermelho. E amarelo.
A coloração fina película d'água asfalto molhado.
E reluz humores ao chão.
O homem deitado ao lado se recobre úmido de cansaço.
Fica verde e vermelho e amarelo às contagens de tempo.
O sopro que lhe varre a coluna não tem cor. Mas sua cor é extensa à cor do chão.
Seu humor, no entanto não.
Não há humor em fome ou noite mal dormida.
Os edifícios, pouco se envolvem à luzes de ruas. Ou humores.
Deixam esses assuntos às bases duras, que estejam à altura dos fatos.
As bases onde um sujeito úmido de cansaço e gelado de pedra possa recobrir e recostar.
Deixe lá, talvez.
E analisam do alto, majestosos senhores das paisagens recortadas.
E cada janela, é um olho seu.
Mas sua proporção de nada vale.
Se posta à prova em conclusão.
Cada olho mirando uma coisa.
O edifício nada conclui.

Jurandir Dente d'ouro

Alavancado de A serpente do Seu Albano e Onde mora quem manda

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