21 março 2014

elegia à desilusão

obrigado minha dor
você que me acompanha,
âmago das minhas entranhas,
por me dizer
por fazer haver
um algo que, sem você,
não seria sentido
não teria sentido

obrigado minha dor
você que é campanha,
cheia de artimanhas
do saber de coisas estranhas
por me refazer
por me aquecer 
com a chama do por quê

que me salva do repetido
que nos leva ao desatino
quando uma obsessão
longe de ser uma opção
vem a ser um padrão
mera ilusão
de um coração
abatido

curva de B.R.

alavancado por Pronto Para Sumir

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