18 maio 2015

Por fazer

construir a vida com
a segurança da solidão
no que como no que bebo
no peso de meu pé no chão

o espaço convoca ao engajamento
presença do olhar
àquilo que toco pertenço
não há viver sem estar

no corpo o silêncio empedra
não plana
é silêncio morto

o quieto que ama no entanto 
sem saber de si ou fora
observa o silêncio no ar
e afana metro palmo e vácuo

no reino do tato
o tempo não apavora
extinto o murmúrio
o silêncio arquiteta o agora

C. P. F. - Caio Poeta Fariseu

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