Hoje não existem putas
Não existem rostos, corpos
Que me façam sorrir
Que me tragam qualquer gozo
Pela vida
Hoje não há nada
Como o pôr-do-sol,
Nem mesmo a vista
De duas luas, dois amores
(dois luares)
Que me deixe deslumbrado
Com a vida
Hoje não tem gol de placa
Bicicleta cobertura
Chapéu meia-lua
Elástico carretilha
Que me arranque um “olé!”
Da vida
Hoje não existe nada
Não acontece nada
Não se sente nada
Não se fala nada
Muito menos se vive alguma coisa
Hoje justo hoje,
Justo ele, e não amanhã.
Hoje, meu pai morreuZé Daniel
Alavancado de Sem Título
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