as casas da rua direita
estão mortas. sobrados
peças nuas. cortinas
nos encaram como traidores
dum passado. nós, inocentes
correndo em direção ao nada
as ruas das casas de taipa
estão velhas. esquinas
espelhadas. janelas
nos encaram frias. erguemos
prédios. tão bonitos. tão vazios.
a verdade corroi os adornos
ninguém sente saudades das casas de chá.
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