Uma grande mesa quadrada ao pé da macieira
Em cada lado
uma cadeira
A planície deserta
A passagem do tempo
A música
e o silêncio
Na primeira cadeira se acomodou um gênio
exige vinho
e dedicação
Um lagarto branco
atracado ao tronco
o observa
tranquilo, eterno
Na outra extremidade permanece uma senhora
reza dias inteiros
à sua maneira
Quieta
cria origamis
enrolando os pés nos rios
segura o tempo entre as pernas
Na terceira cadeira pousam todas as tardes
alguns pássaros
trazendo melodias
de um índio chamado cachoeira
pura sabedoria de outras terras
Por fim a quarta cadeira esta reservada
aos sonhadores de espírito
atravessadores de fronteiras
autores
inventores de medidas
mentiras
apanhadores de granizo
descalços
contadores do infinito
Lá os homens gritam seus deuses
um eco de séculos
uma reserva de sonhos
Sandra
Alavancado em esforço oposto de Moedas no sofá... um Raio-X
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