Aquele que diz que me
esqueça-me verme
e ver-me à tonta luz
do viés da lua,
é surdo sinistro
martelo no fundo
baú da culpa.
quando se para pra olhar?
É quando se quer parar
é pouso, é escala
do moto contínuo
de não reparar.
E nem por isso
se olha pouco.
A gente vê o que convêm
se apega no vício
do rito louco
de querer o que se têm.
Em nós o outro
é corpo forasteiro
sem vistos
não se percebe quem é.
Querendo,
miramos a fronteira
e vemos um só reino.
Como traçando um talho
na face do novo.
C. P. F. - Caio Poeta Fariseu
Alavancado de Articulações
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