Todo povo aqui passando
há de ouvir nosso
chiado
o batuque do pandeiro
nossa voz em decibéis.
E assim nós que é
malandro
vai ganhando uns
trocado
que no mundo o dinheiro
é só causa de stress.
Na calçada há entulho
que é gente que passa
apuro
que corre atrás de
seguro
desemprego, invalidez.
Que essa merda de
trabalho
é carga em lombo de
burro
já que é pra viver
duro
não trabalhe de uma
vez.
Justifica-se na vida
a preguiça acumulada
que a alma nasce
cansada
bem depois de nove mês.
Nós que é fruto de
trepada
beliscão e de lambida
acha chata a repetida
rotina de horário
inglês.
Bom é mesmo coçar o
saco
espreguiçar e soltar
peido
ver se tem cheiro de
queijo
se é do gosto do
freguês.
Levar vida de macaco
chupando limão azedo
nas macaca dando uns
beijo
dormindo da uma às
três.
Em suma, do operário
não quero mais que o
salário
e muito pelo contrário
também tô desses
burguês.
Pois não dá pra ser
otário
nem pilantra usurário
essa raça do caralho
que explora eu e vocês.
Procurando uma saída
a gente reconstrói a
vida
a gente acha
alternativa
ou desencana de uma
vez.
Põe o dedo na ferida
manda beijo às inimiga
mata e enterra as
lombriga
vai de encontro à
lucidez.
C. P. F. - Caio Poeta Fariseu
Alavancado de A serpente do Seu Albano
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