Quando me deparo com
as nuvens cinzas esbranquiçadas e fofas
contrastando com o resto do céu azul e límpido no horizonte,
vejo montanhas colossais e conspícuas
que urgem por exploração, por pegadas
e marcas sudorentas de gotas na superfície calosa e poeirenta,
prontas para sumir...
Quero subi-las arduamente - aquelas montanhas -
e cruzar suas pradarias e
escalar suas paredes incontáveis
e deitar sob suas árvores ali paradas
no meio do caminho,
no caminho do meio,
e seguir a subida: subir subir e subir
até quaisquer de seus ápices distantes e alvos.
depois de tanto subir e arfar e
"viajar" mirando meus pés ao fazer o caminho das pedras,
como uma espécie de recompensa divina por saber sonhar,
deslizarei encosta abaixo rumo aos infinitos do mundo sobre as dobras macias
das rochas que compõem a paisagem
e os desfiladeiros morosos
que fazem de mim uma criança novamente,
descendo um escorregador sem fim.
Zé Daniel
Alavancado de reflexão n2
Dá-lhe zé!
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