desmistifica
o fruto podre
preso com concreto
ao peito coldre.
Sob pó e pólvora
poemas.
Um carpete sujo de mamão.
Por entre artérias,
aracnídeas teias,
vestíbulos-veias,
um par de vermes,
e sístoles imprecisas
imprestáveis.
Choro retido é chorume.
A gangrena da fruta
tem desenho de culpa.
No sofá da sala, incólume,
cruza os braços um escárnio
que parece humano.
Face magra,
faca cega,
faz que chega a ser
quando é só inércia.
O câncer é um amor que transborda.
Aquele é um condenado sem corda.
Há pencas de maturidades sadias
e jacas pútridas em galhos secos.
Ética das salas vazias.
C. P. F. - Caio Poeta Fariseu
Alavancado de elegia à desilusão
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